/**/ PublishNews

20.7.10

O meu PublishNews tem cinco anos

A primeira vez em que ouvi falar em "PublishNews" foi no susto. Era o meu primeiro dia de trabalho depois de quase dois anos sabáticos e eu estava chegando em São Paulo para fazer, por dois meses, a assessoria de imprensa da Jornada de Literatura de Passo Fundo. Mudança de cidade, gente desconhecida por todos os lados e ainda por cima eu não conhecia o PublishNews?! Fiquei fã de cara. Tanto que um ano depois, na volta do meu primeiro mês de férias (é, acabei ficando mais do que os dois meses programados. bem mais, aliás), apaguei, sem dó, quase todos os e-mails - só sobraram aquelas newsletters que separavam a hora do almoço da realidade do trabalho! E fui lendo uma a uma até entrar na rotina novamente. O PublishNews não era só um veículo para onde eu mandava sugestões de pauta, livros e coisa e tal. Gente boníssima sempre esteve por trás dele. Primeiro conheci o Carlo... lá em Passo Fundo mesmo. A boa conversa que rolava debaixo daquelas lonas de circo continuava nos jantares nos CTGs da vida. Ficamos amigos. Depois o Ricardo, companheiro de almoços, jantares e cervejas pelas Flips afora. A Luciana, a moça cercada por livros, só fui conhecer, mesmo, neste ano. Mas foi perto do Natal passado que minha relação com o PublishNews começou a mudar. Uma ligação inesperada, uns dias para pensar, outros dias para pensar, e eu não conseguia achar motivo para não aceitar o convite. E assim, cinco anos depois daquela dica da Ivani, me vejo sentada aqui, também cercada por livros, comemorando o aniversário do, já posso dizer, nosso site. Ah, curioso que no primeiro evento que fui cobrir ouvi: “A primeira coisa que me disseram quando comecei a trabalhar na editora foi ‘você tem que assinar o PublishNews!’” Que bom que é assim!

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22.4.10

O que achei do iPad

Já escrevemos muito aqui a respeito do que outros pensam do iPad; ou suas primeiras impressões de uso. Na quinta-feira passada, 15/4, o Luiz Eduardo - analista da Dualtec e membro da diretoria da CBL (e amigo deste que vos escreve) - nos emprestou um para testes aqui no PublishNews. De maneira direta, depois vou elaborar melhor, me parece mais um substituto do (ou o verdadeiro) netbook, do que um e-Reader. Aliás, nessa função eu diria que para os livros ditos tradicionais, ele não leva nenhuma vantagem no geral, e perde no quesito peso. Mas se entrarmos no campo da transmídia, interatvidade, som e imagem, aí ele bate forte. E também é preciso considerar os leitores que vêm da próxima geração: aquela galera que já nasceu lendo na tela de computador.

É claro que a interface gráfica do iPad não tem nível de comparação com os e-Readers, mas aí voltamos à questão da funcionalidade do “aparelhinho” de Steve Jobs e dos outros da turma de Jeff Bezos. Para que você quer usar o seu iPad?

Durante a primeira madrugada de testes, minha primeira dificuldade foi encontar a posição para trabalhar. O seu formato seduz (pede que) você a usá-lo sem apoiar numa mesa, sentado, deitado ou até mesmo em pé. Mas o seu peso aumenta o esforço para tentar mantê-lo numa posição possível de ler, tocar e escrever - no ótimo teclado virtual. Depois de muito me virar, achei uma posição apoiando-o parte na minha perna e parte no braço da poltrona em que eu sentava naquela noite/madrugada.

Resolvida, pelo menos em parte, a questão da posição de trabalho, comecei a focar em tarefas que executo no dia a dia: Twitter, navegação na internet, e-mails e alguns textos. No Twitter a experiência ainda não é das melhores: suas Apps adaptadas do iPhone ainda não rodam com a maior eficiência. O TweetDeck, minha preferência atual para uso no notebook ou desktop, não atualiza rápido e quando atualiza rola as telas tão depressa que você perde um sem número de tweets. Tentei também o Twiterrific, mas sua interface não permitia que editasse os RTs antes de enviá-los.

Já a navegação na internet foi um supersucesso. Rápida e fácil. E como eu já havia encontrado a posição para trabalhar, digitar e interagir com a tela por meio do touch foi extremamente fácil e funcional. Depois de algum tempo “achei” uma nova posição de trabalho muito boa: no estilo prancheta, segurando apoiado num braço e teclando apenas com uma das mãos (funciona super bem com o iPad no “formato portrait”). Estava teclando com bastante rapidez nessa posição. O uso de e-mails e a produção de textos também são bem eficientes no “aparelhinho”.

Para aqueles que escreveram em suas avaliações que o problema é a falta de um mouse, respondo que eles perderam totalmente o “x” da questão. Exatamente um dos grandes fortes do iPad é não precisar do mouse - e pra mim também não precisa do teclado. Quanto menos periféricos, melhor. Eu acho.

Mas tenho certeza que você está lendo tudo isso aqui porque quer saber sobre a iBookstore.

iBookstore e mais...
Estou errado? Ou melhor, quer saber sobre e-Books em geral, no iPad. Certo? Vamos lá então. Começando pelo mais convencional, a iBookstore. Não vou analisar a quantidade de títulos disponíveis, mas o seu funcionamento e o uso para leitura. Pra variar, Mr. Jobs se saiu muito bem no quesito interface gráfica. O visual é ótimo e é muito fácil interagir - e comprar - com a iBookstore. Dois ou três cliques e o livro já está na sua estante. E os samples (gratuitos) dão uma boa ideia do livro que você está considerando comprar (não é só uma pequena amostra com uma ou duas páginas).

No quesito leitura, o iPad começa perdendo para os rivais que são desenhados especificamente para esse fim - leitura digital. Dependendo da posição e da quantidade de luz, o reflexo pode atrapalhar um pouco, embora exista um botão de controle da luminosidade. É claro que a tela touch e o efeito visual que parece uma página “de verdade” sendo virada, dão um certo “stile” ao e-Book de Jobs, mas o que importa mesmo é o conforto na leitura. E nessa questão, além da luminosidade, “pesa o peso” do “aparelhinho”. Sem um ponto de apoio, segurá-lo por muito tempo para ler pode ser desconfortável - ou pode ser um bom exercício para os bíceps!

Mas quando saímos do e-Book “convencional” e passamos aos produtos interativos, com multimídia, ou mais ainda, vamos para os transmídia, a história muda bastante. É claro que o peso continua sendo uma questão a ser considerada, mas aqui onde texto, imagem, som, internet, etc interagem com muita facilidade e eficiência, os e-Books passam a um outro nível de entretenimento. E nesse tipo de produto, aí sim o iPad hoje é imbatível. A versão light de Alice no país das maravilhas é bem legal e Toy Story, da Disney, é um show de livro com trilha sonora, que interage com cenas de animação e narração empolgante. Esses são apenas dois exemplos iniciais, que demonstraram, para mim, o grande potencial do iPad no campo do livro ditital - que talvez em breve nem tenha mais esse nome.

Bem, para colocar um ponto final nessa primeira análise do “nettablet” de Steve Jobs, eu diria que como e-Reader é um ótimo tablet; e como tablet é um ótimo netbook, com excelentes qualidades gráficas e uma tendência de muitas mudanças, não só no mercado de informática e tecnologia onde ele nasceu, como também no mercado editorial, que é onde estamos, e em muitos outros mercados.

Não tem outro jeito; é esperar para ver.

29.3.10

“Até o fim!”

Quando eu era uma adolescente, perdia a conta de quantas vezes eu colocava para repetir a música Infinita Highway. Adorava a melodia e principalmente a letra. Aliás, Gessinger é mestre em fazer letras, como “aquelas canções que o vento canta”e que a gente nunca canta sem razão”. Não posso me esquecer de mencionar “Refrão de um bolero”, “Pose””e “Tententender”.

No dia 17 de março, o cantor, compositor e escritor Humberto Gessinger autografou Pra ser sincero - 123 Variações sobre um mesmo tema (Belas Letras, 304 pp., R$ 40) e fez um pocket show na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim. Na obra, ele fala sobre cada uma das composições e revela curiosidades dos bastidores da banda. Adorei o livro, pois sempre prestei atenção nas letras das músicas. A fila era infinita, o auditório estava lotado. Mais de uma hora para pegar o autógrafo. Valeu a pena! Afinal, “eu não vim até aqui pra desistir agora”!

Aliás, desistir era algo que não passava pela cabeça das pessoas que foram até a livraria. Na maior loja da Livraria da Vila, com seus 2,5 mil m², a fila serpeante ia de uma ponta a outra, ou seja, dos fundos até as famosas portas pivotantes giratórias. Nela havia fãs vindos de várias localidades e de vários estilos, entre eles um casal vindo de Piracicaba que não conseguiu senha para o pocket show, mas que nem por isso, desanimou! Ao final, eles saíram com um autógrafo e uma foto com o cantor. E eu também!

Clique aqui e veja galeria de fotos do evento!

28.10.09

Quando a matemática ensina a escrever


* Advertência: se você tem menos de 40 anos provavelmente vai precisar pesquisar alguns termos desta história... sorte sua que existe o Google!

Num belo dia na tranquila Araraquara do jovem Ignácio de Loyola Brandão era tempo de fazer a inscrição para o colegial; e naquela época existiam duas opções: Científico (pra área de exatas) ou Normal (pra área de humanas). Mas era o último dia pra fazer isso e ele ainda queria ir assistir a um jogo, na quadra do colégio. A fila do Científico tinha apenas 4 pessoas, a do Normal tinha 80. Foi fácil fazer a escolha. Científico. Mesmo odiando matemática.

“Gosto de fazer as coisas muito bem feitas, por isso fiz os 3 anos do curso em cinco!”, contou o escritor. Pra complicar um pouquinho a sua vida, o último exame do curso era oral. Nos exames escritos a vida de Loyola ficava mais fácil porque ele tinha uma vizinha de carteira que escrevia a cola na coxa. Tudo bem que olhava mais a coxa do que a cola, mas conseguia se safar nos exames. Só que o exame oral não tinha essa “moleza”. Chega o jovem Brandão para seu exame oral.

“Precisa de muita nota?”, perguntou o professor. “Não. Só 9,7.” “Fica tranquilo. Vem comigo”. O professor Ulisses o levou a um lado da sala, que era toda cercada de quadros-negros, e colocou uma expressão na ‘pedra’: “Dei essa mesma expressão na sala de aula. No dia fiquei andando pela sala enquanto os alunos resolviam e peguei você lendo um livro... Lembra?” “Lembro. Do livro – O velho e o mar. Da expressão não.” “Olhe pra trás”, cochichou o professor no ouvido de Loyola. Ele virou e lá estavam as meninas do Normal! As mais bonitas da escola!

Loyola conta: “Virei para o quadro. Não ia fazer feio de jeito nenhum. Comecei a lembrar de todos os símbolos matemáticos que podia. Raiz, potência, logaritmo, seno e cosseno - muito sensual -, o símbolo de infinito e até o Pi que tem uma estética interessante mas não sei pra que serve.” Chegou ao final de uma extensa 'demonstração matemática' e finalizou: “igual a 540. CQD (Como queríamos demonstrar).” O professor Ulisses se aproximou, olhou símbolo por símbolo como se executasse a operação mentalmente, e sentenciou: “Dez. Parabéns! Venha comigo até a mesa.”

Ignácio o seguiu e logo foi falando: “Professor, eu sei que vale só o lado direito da nota. Pode falar a verdade.” “Ignácio, você tirou 10. Dez em delírio; dez em imaginação; dez em fantasia. Vai embora Ignácio, que o teu mundo é o da fantasia.” E desde então Ignácio escreve pra gente de tantas idades. Ignácio já é reconhecido por sua obra e com muitos prêmios, e em 2008 venceu o Prêmio Jabuti de Melhor livro do ano com o infantil O menino que vendia palavras. Obrigado professor Ulisses Ribeiro!

13.10.09

Frankfurt, antes de Frankfurt

* Escrito por nosso correspondente especial na Feira de Frankfurt, Fernando Alves

Os ares germanos vão de vento em popa! Como a cidade é pequenina (...) hoje encontrei a Rosely Boschini (CBL) na fila do caixa da loja de brinquedos... Ela tomará uma cerveja conosco na volta. Aí, fui tomar um café com ela e uma amiga que a acompanhava; distrai-me, perdi-a de vista e... fui encontrado pela Cristiana e sua chefe Rosana (Canção Nova)! Deixei a Rosely que perdera e fui almocar com estas duas. Despedi-me... tinha andado uns 8 quarteirões quando meu celular tocou... era o Blucher (Blucher Editora)! Ele havia encontrado a Cristiana e pediu-me para voltar para onde ela ficara! Chego lá e econtro não só ele, mas a Susanna (SBS) e a Karine (Girassol Brasil).
Simples assim... Agora é quase meia-noite e começo a ter sono. Será que por causa das duas cervejas que tomei no jantar?